Há 17 anos, nos dia 19 de Agosto de 2004, dez pessoas em situação de rua, que dormiam na praça da Sé, região central de São Paulo, morreram após serem atacadas com golpes na cabeça. Os ataques, que se iniciaram no dia 19 e continuaram até o dia 22 do mesmo mês, foram promovidos por cinco policiais militares e um segurança particular que tentavam se livrar de testemunhas que pudessem relacioná-los com o tráfico de drogas. O caso ficou conhecido como “Massacre da Sé” ou “Chacina da Sé” e, hoje, em memória ao acontecimento, a data marca o Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua.
Desde 1960 foi possível notar a organização de pessoas em situação de rua na luta pela criação e pela efetivação de direitos em algumas cidades do país. Essas mobilizações foram ganhando força e tornaram-se mais expressivas na década de 1990. As reivindicações exigiam políticas públicas efetivas para essa população e denunciavam as constantes violações e violências sofridas por essas pessoas, bem como os mais diversos preconceitos que as atingiam. Com o passar do tempo, as mobilizações foram adquirindo mais forças e em 2005, já com as diversas demandas e denúncias e com a situação absurda ocorrida no Massacre da Sé, foi criado o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) em diversas capitais do país. Atualmente o Movimento está mais forte e pauta suas ações na luta pelo acesso e efetivação de direitos e de políticas públicas. Tem como princípios a democracia, a valorização do coletivo, a solidariedade, a ética e o trabalho de base.
#PraCegoVer: Imagem com foto de pessoas sentadas ao chão em volta de uma bandeira do (MNPR). Logo do Senso Crítico no canto inferior direito da imagem e a seguinte legenda na parte superior: #TBTCrítico - “19 de Agosto: 17 anos do Massacre da Sé e data que marca a luta das pessoas em situação de rua”.
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