Embora o dia 08 de março seja uma data muito importante por representar a luta e a conquista de direitos das mulheres, a realidade delas ainda é permeada por violência de gênero e por feminicídio. Mas o que esses conceitos querem dizer? Violência de gênero é a imposição violenta contra as mulheres da vontade do homem. Essa vontade se estrutura em todo um sistema patriarcal que gira em torno da superioridade masculina em relação às mulheres. Já o feminicídio é o nome dado ao crime de morte motivado por essa relação desequilibrada de gênero, que é sempre em desfavor das mulheres.
Assim, para entender melhor esse contexto, podemos observar os dados do anuário brasileiro de segurança pública de 2020, que mostram que os crimes de violência de gênero no país, com exceção dos casos de feminicídio, diminuíram no primeiro semestre de 2020, se comparados ao mesmo período em 2019. Porém, isso não significa uma real redução das ocorrências. O anuário mostra que os crimes de gênero no Brasil não diminuíram, mas as condições geradas pela pandemia, como as medidas de isolamento social, dificultaram as denúncias dos crimes de lesão corporal dolosa, estupro e estupro de vulnerável, que necessitam da presença da vítima na delegacia e de exames de corpo delito. Ademais, mulheres que já viviam situações de violência passaram a conviver mais tempo com os maridos em casa o que, por sua vez, as deixam inseguras para denunciar os companheiros por telefone. Compreendendo a importância desse tema, não somente pela data representativa, o Senso Crítico decidiu fazer uma live para abordar a questão de forma mais aprofundada. Assim, convidamos você a participar da nossa live, dia 08/03, às 11hrs, na página do INPPDH no Facebook.
Foto: Guilherme Santos/Sul21.com.br
#Pracegover A imagem contém uma foto da fachada da delegacia de defesa da mulher, no canto superior direito está o logo do Senso Crítico, no canto inferior direito está escrito Senso Crítico e abaixo está a manchete: “Dia Internacional da Mulher: conquistas e contradições na realidade da mulher brasileira.”
Comentários