O presidente da Colômbia, Iván Duque, apresentou uma proposta de reforma tributária ao Congresso no dia 15 de abril, que tinha por objetivo financiar os gastos públicos do país. A proposta pretendia aumentar em 19% impostos sobre serviços públicos, como gás e energia (Brasil de Fato, 04/05), o que foi considerado muito oneroso tanto para a classe média quanto por movimentos sociais e sindicatos.
Diante disso, o descontentamento da população com a reforma tributária de Iván Duque gerou uma série de protestos em toda a Colômbia que dura mais de uma semana. Ademais, esse descontentamento quanto às reformas somou-se a outros anteriores, que criticavam a má administração da pandemia e a fome no país. Somam-se a essas reivindicações a retirada dos projetos que são denominados de “pacotaço”, os quais objetivam instituir reformas nas leis trabalhistas, de saúde e de previdência social. Estes são os principais motivos para que grupos indígenas, trabalhadores, camponeses e a classe média passassem a protestar nas grandes cidades. Contudo, a resposta do governo Colombiano às manifestações foi um tanto violenta. Diversos vídeos publicados por manifestantes nas redes sociais mostram uma atitude truculenta da polícia colombiana, tanto que já resultaram em 21 assassinatos, 851 casos de violência policial, 655 detenções abitrárias, desaparecimento de ativistas e 10 casos de violência sexual, sgundo o episódio 68 - “Giro”, do podcast Granma.
Segundo uma matéria da Revista Fórum (maio 2021) a Alta Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) se manifestou no dia 03/05 acerca da situação crítica do país, pedindo investigações, julgamentos e punições aos responsáveis por esses assassinatos.
#Pracegover: Imagem mostra manifestante colombiano segurando cartaz, no canto superior esquerdo está o logo do Senso Crítico.
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