O Senso Crítico preza por ser um portal de notícias que sai do convencional e busca fornecer uma perspectiva crítica de tudo que é noticiado. Por isso, estamos criando uma nova frente crítica, na qual dialogamos com diversas pessoas, defensoras dos direitos humanos, sobre temas relacionados. Este ano nos dedicaremos ao legado de Paulo Freire. Para isso, dividimos a nossa frente em duas. A primeira é a frente Carolina de Jesus.
Carolina Maria de Jesus, mulher, negra e escritora, nascida em Sacramento-MG, de origem humilde, mudou-se para São Paulo onde presenciou todo o processo de modernização da cidade e a formação das favelas. Com três filhos, Carolina vivia de catar papéis e materiais recicláveis como principal fonte de renda. Com os cadernos que recolhia do lixo, Carolina passou a registrar seu cotidiano, no que seria sua primeira e mais reconhecida obra “Quarto de despejo''. Foi somente na década de 1950 que foi descoberta pelo jornalista Adálio Dantas, durante um conflito, no qual ameaçou denunciar alguns adultos que tentavam destruir os brinquedos instalados para as crianças em uma praça.
A obra “Quarto de despejo" foi publicada em 1960 e atingiu uma vendagem recorde de 30 mil exemplares vendidos na primeira edição. A obra também obteve um alcance internacional, sendo traduzida para treze idiomas e publicada em 40 países. Além dessa primeira obra, Carolina de Jesus também escreveu “A casa de alvenaria”, “Pedaços de fome” e “Provérbios”, se tornando uma referência no gênero das narrativas de denúncias, que marcaram os anos 1950.
Foto: Arquivo Nacional.
#Pracegover A imagem contém uma foto de Carolina Maria de Jesus assinando um de seus livros e no canto superior esquerdo está o logo do Senso Crítico e com a seguinte escrita no centro da imagem “Frente Crítica: ‘Carolina Maria de Jesus’”.
A segunda imagem é um fundo liso e possui um trecho da obra “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus.
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