O assassinato brutal cometido por Guilherme Costa Alves contra a jogadora de eSports Ingrid Bueno, ocorrido no dia 26/02, chocou o mundo dos Games por ser reflexo de machismo dentro dessa categoria de esportes. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o crime aconteceu na casa do próprio autor, que matou a vítima a facadas. O jovem de 18 anos também era gamer e afirmou que “quis fazer isso” ao se entregar para a polícia.
Ingrid, que tinha o seu apelido no mundo dos games como “Sol”, era destaque no jogo Call of Duty, possuindo um desempenho fenomenal e à frente da sua categoria. A investigação busca saber se o assassinato foi planejado, qual a relação que os dois tinham e quais os motivos do crime. Guilherme está preso preventivamente.
O machismo é um problema recorrente no cenário dos games. Jogadoras relatam que recebem xingamentos e ameaças nos jogos por serem mulheres e que muitas vezes utilizam estratégias, como o uso de nomes masculinos e microfones desligados, para esconder seu gênero e evitar os ataques por parte dos jogadores. No começo do mês de janeiro, uma onda de “exposed”, na qual meninas expunham as agressões que sofreram por jogadores do cenário dos eSports, tomou conta do Twitter. O movimento recebeu denúncias que vão desde assédio moral à assédio sexual e estupro.
Os exposeds mostraram a gravidade do problema do machismo no cenário, o que, por sua vez, expressou a necessidade de lidar com o problema de
forma eficaz e punir os agressores. Assim, foi criada a Associação de Feminina Gaming Brasil (AFGB), que visa dar respaldo jurídico e assistência psicológica para as jogadoras vítima
s de violência de gênero e raça.
#Pracegover a imagem contém uma foto com a tela de um
computador e uma mão representando uma jogadora feminina jogando. No canto superior esquerdo está o logo do Senso crítico e abaixo está a manchete. “Assassinato de jogadora prof
issional de eSports demonstra os reflexos do machismo no cenário dos games.”
Comments