Nos últimos meses ocorreu um agravamento da pandemia da COVID-19. Segundo o G1, o Brasil chegou a ter uma média móvel de mais de 3 mil mortes por dia durante as últimas semanas. Além das atitudes omissas do Governo Bolsonaro, desde o início da pandemia, também houve a postura de desincentivar o uso de máscaras e de descumprir o isolamento social. Além disso, houve diversas recusas de compra de vacinas no ano de 2020. Outro fator crucial que culminou no atual estado da pandemia no Brasil foi a propagação de informações falsas, contrárias às recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Segundo o Grupo Brasileiro de Estudos de COVID-19 e Gravidez, quanto aos riscos da doença para as gestantes, apesar de haver relação entre os óbitos e comorbidades, como obesidade e diabetes, as mulheres também não receberam assistência adequada, tais como assistência respiratória, leitos de UTI ou intubação. Ademais, tais problemas possuem um recorte racial e de classe, visto que mulheres negras e pobres são maioria entre as gestantes nas internações precárias. A preocupação dos pesquisadores com o risco para as gestantes pode ser justificada pelas alterações anatômicas e fisiológicas da gravidez em diversos sistemas, cardiovasculares, respiratórios, imunológicos e da coagulação.
A questão das gestantes também está relacionada, mas não é determinante, ao problema social dos órfãos da COVID-19. Dados do Ipea mostram que cerca de 45 mil crianças e adolescentes perderam os pais para a doença. Muitas dessas crianças não recebem apoio do Estado e não têm outros membros da família para recorrer nessa situação. Devido a isso, no último dia 13, a comissão externa de enfrentamento à covid-19 promoveu uma audiência pública sobre o tema órfãos da covid para pensar possíveis políticas públicas que visam atender estes jovens.
#PraCegoVer: Imagem com uma montagem de fundo que tem o mapa do mundo com desenhos que representam o coronavírus, escrito “Novo coronavírus COVID-19” .
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